Quem passou pela Sapucaí no sábado(2 de março) foram as escolas: Unidos de Bangu, Renascer de Jacarepaguá, Estácio de Sá, Porto da Pedra, Império da Tijuca e Acadêmicos do Cubango.
Estácio de Sá
Fez um desfile emocionante, digno de sua história, falando da religiosidade panamenha com ótimo samba, boas alegorias e técnica correta.“A fé que emerge das águas” contou a o Cristo Negro de Porto Belo, Panamá, na Marquês de Sapucaí. Um tema que, ao princípio, parecia de difícil compreensão pelo fato do país ser desconhecido e distante do Brasil, mas se mostrou de forma clara na passagem da Estácio graças ao trabalho do carnavalesco Tarcísio Zanon em alegorias e fantasias.
Império da Tijuca
Com “Império do café, o vale da esperança”, Jorge Caribé propôs contar a história do café na Avenida. Os 4 setores foram bem claros em suas propostas, e deram ao enredo a facilidade de interpretação que foi presenciada na Sapucaí. Os 4 setores foram: “O nêgo tá cansado de trabaiá… trabaia nêgo”, “Na hora em que a terra dorme, enroladas em frios véus, eu ouço uma reza enorme enchendo o abismo dos céus…(Castro Alves)”, “Não cadeia clementina… fui feita pra vadiá… (Clementina de Jesus)”, “O legado deixado pelo café”. Partindo de uma homenagem aos escravos que foram mão de obra da produção cafeeira, passando por uma atenção ao luxo advindo da riqueza do café e finalizando na região do Vale do Café hoje, a escola tijucana trouxe um enredo simples que possibilitou o seu bom desenvolvimento pela Sapucaí.
Porto da Pedra
A escola homenageou o ator Antônio Pitanga. Sob comando do experiente Luizinho Andanças, o samba-enredo da escola fazia menção à toda a vida do homenageado, desde a infância na Bahia até seu estrelato e fama nacional. De parceria de Bira, Claudinho Guimarães e cia, o samba pegava e era mais ouvido nas frisas e arquibancadas em seu refrão, e cantado pelos componentes da escola.
Renascer de Jacarepaguá
Terceira escola a desfilar na Série A com enredo de temática sobre religiões de matriz africana, a escola apostou na celebração para Iemanjá que acontece em Salvador, no Rio Vermelho, para se destacar sobre as demais. “Dois de Fevereiro no Rio Vermelho”, foi apresentado pelos carnavalescos Raphael Torres e Alexandre Rangel. A apresentação, que foi dividida em 4 setores, deixou claro para o público o que cada elemento visual representava e funcionou para sustentar o enredo. Apesar disso, a escola buscou partir de um ponto de vista diferente, mas acabou permanecendo no lugar comum, sem trazer novidades para a história que é tão contada na Sapucaí.
Acadêmicos do Cubango
A escola encerrou os desfiles da Série A falando sobre os objetos de devoção e as oferendas, tema muito semelhante, curiosamente, ao da abertura da Série A com a Unidos da Ponte. A sexta iniciou e o sábado terminou com a religiosidade na Avenida.