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CARNAVAL DO RIO 2020: DESFILES DO GRUPO DE ACESSO NO SÁBADO

CARNAVAL DO RIO 2020: DESFILES DO GRUPO DE ACESSO NO SÁBADO

Variedades

7 escolas se apresentaram na Sapucaí no segundo dia de desfile da Série A.

Acadêmicos do Sossego 

A escola abriu a segunda noite de desfiles com o samba enredo Os tambores de Olokun”. Acadêmicos de Sossego, de Niterói, manteve sua tradição em abordar temas relacionados a religião de matriz africana, neste caso o candomblé. A agremiação do bairro da Largo da Batalha fez uma apresentação regular na última noite de desfiles de escolas de samba do Grupo A e inovou na batida da bateria que mesclou elementos do maracatu, ritmo oriundo da região de Pernambuco, cujo estado também inspirou a história do enredo da tradicional Lira niteroiense, já que a agremiação contou a saga de divindades de um cortejo negro pernambucano.

Inocentes de Belford Roxo
A rainha Marta foi o destaque deste sábado do desfile da Inocentes de Belford Roxo. Ovacionada pelo público, a atleta desfilou pela escola de samba que tinha como enredo “Marta do Brasil – Chorar no começo para sorrir no fim”.

A Inocentes apresentou a trajetória da craque na Sapucaí destacando diversos momentos de sua vida, como a infância no Sertão de Alagoas, as passagens por Vasco, Suécia e Estados Unidos, a história construída na Seleção Brasileira e os vários prêmios adquiridos ao longo da carreira.

Unidos de Bangu 

A escola levou para a Avenida o enredo “Memórias de um griô: a diáspora africana numa idade nada moderna e muito menos contemporânea”, desenvolvido pelo estreante Bruno Rocha. Novos talentos não estão em falta no grupo durante este carnaval. 
O enredo afro se mostrou pouco criativo e genérico e não dizia exatamente a que veio. Houve uma inversão da ala de passistas em reação ao roteiro original e notou-se a ausência de um tripé que não desfilou. As fantasias oscilaram entre propostas interessantes e outras nem tanto. O trabalho cromático saiu do verde das savanas e foi esquentando, chegando ao branco no final; foi um ponto positivo da estética. As alegorias trouxeram esculturas muito grandes, mas pouco zeladas, com muitos problemas de concepção e acabamento.

Acadêmicos de Santa Cruz

Quarta a desfilar no sábado de Carnaval (23), a escola fez um desfile simples, mas bem sucedido e animado. Para contar a história da cidade de Barbalhos, no Ceará, o carnavalesco Cahê Rodrigues trouxe o enredo “Santa Cruz de Barbalha, Um Conto Popular no Cariri Cearense” que foi muito bem desenvolvido e de fácil leitura na Avenida. Embora não tenha tido outras grandes falhas, um problema enfrentado pela escola com o último carro causou um grande buraco na Avenida nos primeiros setores.

Imperatriz Leopoldinense
Fazendo uma releitura de seu próprio enredo do Carnaval de 1981 e agora tendo Leandro Vieira como carnavalesco, a Imperatriz fez da Marquês de Sapucaí um grande palco iluminado. O desfile da Verde e Branca foi alegre e comprovou que o que seu samba diz sobre ser feliz todos os dias pode e é real. Por tamanha dedicação e felicidade, pode-se afirmar que, sim, deu Lalá!

Unidos de Padre Miguel
Penúltima escola a desfilar, a Unidos de Padre Miguel entrou pronta para brigar pelo título com os demais destaques do dia. De uma ponta a outra, apesar dos problemas, a agremiação mostrou que está no caminho certo para o processo de retorno as melhores colocações da Série A, almejando maiores voos entre as grandes do Grupo Especial.

Império da Tijuca
Última agremiação a desfilar na Série A, no sábado (22), Império da Tijuca entregou um desfile correto, mas com problemas em alegorias e evolução. Com o enredo “Quimeras de Um Eterno Aprendiz”, desenvolvido por Guilherme Estevão, a escola partiu da história de Evandro dos Santos, o homem livro, para falar sobre a importância da educação. No entanto, falta de originalidade e conjunto alegórico fraco comprometeram o desenvolvimento do enredo na Sapucaí para fora de um lugar comum. Ao fim do desfile, a agremiação trouxe uma faixa escrito “Juntos por uma educação inclusiva começando por você” para incentivar uma educação inclusiva de pessoas com deficiência.

Sobre a autora

Magrinha de corpo e gordinha de alma. Carioca, redatora publicitária e chocólatra. Adora desbravar o universo gastronômico.

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