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CARNAVAL DO RIO 2020: DESFILES DO GRUPO DE ACESSO NA SEXTA-FEIRA

CARNAVAL DO RIO 2020: DESFILES DO GRUPO DE ACESSO NA SEXTA-FEIRA

Variedades

A Sapucaí teve as primeiras apresentações do Carnaval 2020 nesta sexta-feira, quando as 7 escolas iniciais da Série A, conhecidas como Grupo de Acesso, passaram pelo Sambódromo.

Acadêmicos de Vigário Geral

A escola abriu a primeira noite de desfiles da Série A com o enredo “O conto do Vigário”, mostrando o famoso jeitinho brasileiro, criticando à classe política com elementos que remetiam diretamente ao governo atual do país, como um tripé ao fim do desfile com um palhaço de faixa presidencial que fazia gesto de arma com as mãos. Além da proposta trazida pelos carnavalescos Alexandre Costa, Marcus do Val e Lino Sales, a vermelha, azul e branco também se destacou pelas suas fantasias que apresentaram um bom resultado na Avenida. Apesar disso, a escola não agradou na plástica das alegorias, além de enfrentar problemas na dispersão de seu abre-alas que afetaram a evolução da agremiação.

Acadêmicos da Rocinha
Segunda escola a desfilar,  apresentou o enredo “A guerreira negra que dominou dois mundos”, sobre a escrava Maria da Conceição, a Maria Conga. Uma figura adorada na cidade de Magé, onde Maria fazia parte de um Quilombo. Outro destaque do desfile foi uma ala composta somente por deficientes visuais, que estavam auxiliados por seus guias. O objetivo era representar a luta por direitos após a alforria de Maria.

Mesmo encerrando o desfile com 54 minutos, problemas em uma alegoria deixaram a escola com um buraco em certos momentos.

Unidos da Ponte 

Essa escola fez um desfile religioso e mitológico. O enredo “Elos da eternidade” contou a história das formas que o ser humano procura para conseguir se conectar com o mundo abstrato. A passagem pela passarela do samba aconteceu sob forte chuva. A estátua de Zeus, presente na primeira alegoria, teve problemas e quase ficou sem a cabeça.

Unidos do Porto da Pedra

A escola se destacou com o enredo “O que é que a baiana tem? Do Bonfim à Sapucaí”, da carnavalesca Annik Salmon, mostrando ser uma das favoritas do primeiro dia de desfile. As alas mostraram os diferentes pontos da história e da cultura das baianas. A que chamou a atenção foi a que mostrou a mudança de inúmeros baianos para o Rio de Janeiro

Acadêmicos do Cubango 

A escola trouxe para a Sapucaí a história de Luiz Gama, importante líder abolicionista, e sua luta antirracista. O enredo “A Voz da Liberdade”, desenvolvido por Raphael Torres e Alexandre Rangel, passou pela Avenida marcado por uma comissão de frente emocionante e uma plástica exuberante. As alegorias grandiosas, no entanto, foram também o grande ponto negativo do desfile da escola niteroiense. Logo no início da apresentação, as duas partes do carro abre-alas desacoplaram e passaram separadas em frente à primeira cabine de jurados. Não fosse suficiente, uma parte do cavalo que vinha na frente do segundo carro também quebrou, e passou pela Avenida sustentada por integrantes da escola.

Renascer de Jacarepaguá

Quinta escola a passar pela avenida, apresentando o enredo “Eu que te benzo. Deus que te cura”. O objetivo era falar sobre a diversidade de manifestações espirituais representada na figura das benzadeiras. A escola teve problema com o segundo carro alegórico, que teve que ser empurrado. 

Império Serrano
A escola fechou o primeiro dia de desfiles, com o enredo “Lugar de Mulher é onde ela quiser” exaltando a força das mulheres na sociedade e homenageando as figuras femininas de sua história, como Dona Ivone Lara e Maria do Jongo, uma das fundadoras do Império. Diversas alegorias e fantasias estavam inacabadas e o abre-alas teve que ser empurrado.

Sobre a autora

Magrinha de corpo e gordinha de alma. Carioca, redatora publicitária e chocólatra. Adora desbravar o universo gastronômico.

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