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CARNAVAL DO RIO 2020: DESFILES DO GRUPO ESPECIAL NA SEGUNDA

CARNAVAL DO RIO 2020: DESFILES DO GRUPO ESPECIAL NA SEGUNDA

Variedades

6 escolas se apresentam no último dia de desfiles. 

São Clemente 

A escola abriu a última noite de desfiles do Carnaval 2020 com uma crítica bem humorada, do jeito que a escola gosta.  A agremiação passou alguns anos tentando se desvincular do perfil caricato e irreverente. Nesta segunda, a escola percebeu que desfilando assim obtém a identificação, a gargalhada e a simpatia do público.  O Carnaval de Jorge Silveira mais uma vez trouxe a atualidade dos memes e da autocrítica ao controverso povo brasileiro. Após anos de distância com a crítica e a irreverência que lhe é característica, a São Clemente retorna às raízes de seus grandes enredos politizados e ‘como  o dedo na ferida’ para apontar que a corrupção não se limita apenas aos campos políticos, mas que em todos os âmbitos sociais. E a amarelo e preto usou o ‘O Conto do Vigário’ para mostrar todas as mais variadas formas do conhecido ‘Jeitinho Brasileiro’.

Unidos de Vila Isabel
A escola fez uma apresentação com muita pompa, mas pouco conteúdo. Se as fantasias estavam bem acabadas, não se pode dizer o mesmo do enredo “Gigante pela própria natureza: Jaçanã e um índio chamado Brasil”. Parece ter sido concebido por Policarpo Quaresma, criação de Lima Barreto que paga com a vida seu patriotismo num país que existe apenas em sua imaginação.

Segundo o carnavalesco Edson Pereira, a intenção era contar a história de um índio chamado Brasil que teria uma filha chamada da Brasília e por meio deste ‘conto de fadas’ falar sobre o povo brasileiro de uma forma mais branda, mostrando que os povos de todas as regiões podem ser unidos, desde que conheçam a sua própria terra e sua gente.

Acadêmicos do Salgueiro

A escola foi a terceira escola a desfilar no último dia do Grupo Especial e se consolidou como uma forte candidata ao título do Carnaval 2020. O enredo “O Rei Negro do Picadeiro”, de Alex de Souza, levou para a Avenida a história de Benjamin de Oliveira, primeiro palhaço negro do Brasil. Ponto fraco do desfile, o desenvolvimento do enredo, no entanto, falou muito sobre circo e pouco sobre a história do protagonista. Além disso, o samba, que já era considerado um dos piores do ano, não empolgou na Sapucaí. Apesar disso, a escola fez uma passagem correta, luxuosa e com comissão de frente entusiasmada, fatores que podem coroar a vermelho e branco na próxima quarta-feira.

Unidos da Tijuca
A escola que tanto sonhou com a volta de Paulo Barros para sonhar novamente com o título de campeã, ficou apenas no sonho no Carnaval 2020. Afinal, a escola decepcionou em seu desfile, com problemas em vários quesitos, além da falta de comunicação com as arquibancadas, típica dos desfiles do carnavalesco. A parceria de Dudu Nobre e Jorge Aragão dividiu opiniões durante o pré-Carnaval. Havia quem dissesse que o samba não casava com enredo e poderia prejudicar a narrativa do desfile, outros caracterizavam como uma verdadeira obra-prima. O samba tem trechos que chamam o componente tijucano para identificação. ‘Eu sou favela’, ‘Como é linda a vista lá do meu Borel’ eram os pontos fortes da letra. O destaque ficou para o desempenho do carro de som comandado pelo experiente Wantuir após retornar à escola depois de anos afastado.

Mocidade Independente de Padre Miguel

Homenageando Elza Soares, a Mocidade foi a penúltima escola a desfilar na segunda-feira de carnaval. A agremiação fez um desfile digno de sua homenageada, com muito brilho e autenticidade a Verde e Branca de Padre Miguel empolgou a arquibancada e comprovou o que todos já sabiam: essa nega tem poder!

Beija-Flor de Nilópolis
A azul e branco fez um desfile correto, com comissão de frente impactante e fantasias bem finalizadas, e mostrou estar disposta a voltar às primeiras colocadas. No entanto, problemas com evolução fizeram a agremiação correr para terminar seu desfile em exatamente 70 minutos, o máximo permitido. Última a desfilar do Grupo Especial, a escola levou o enredo “Se Essa Rua Fosse Minha”, de Alexandre Louzada e Cid Carvalho, para a Avenida.

Sobre a autora

Magrinha de corpo e gordinha de alma. Carioca, redatora publicitária e chocólatra. Adora desbravar o universo gastronômico.

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